quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Candomblé em Portugal: Culto a Egungun


Egungun

Segundo a tradição do culto de Egun, este é originário da África, região de Oyò. O culto de Egun, é exclusivo aos homens, sendo Alápini o cargo mais elevado na hierarquia do culto, tendo como seus auxiliares os Ojés.
O culto aos Egun é uma importante instituição religiosa, que tem por finalidade preservar e assegurar a continuidade do processo civilizacional Africano.
O Culto a Egun ou Egungun veio da África, junto com o culto aos Orisás, trazidos pelos escravos.
Era um culto muito fechado, secreto mesmo, mais do que o culto aos Orisás, devido ao facto de se cultuarem os mortos.
O Egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele “nasce” através de ritos que a sua comunidade elabora e pelas mãos dos ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado Ixan, que, acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a “morte se torne vida”, e o Egungun ancestral individualizado está
de novo “vivo”.
A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orisás, em que o transe acontece durante as cerimónias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente coberta por uma roupa de tiras
multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé.
Em Portugal, que se tenha conhecimento, não existem terreiros de culto Egungun, sendo que existirá um ou provavelmente dois terreiros que sendo Lesse Orisá, tem fundamento de Egun.

Sem comentários:

Enviar um comentário